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Classificacao das Fendas Labiopalatinas

Classificação das Fendas Labiopalatinas: Tipos, Tratamentos e Verdades que Precisam Ser Ditas

As fendas labiopalatinas são malformações congênitas que ocorrem quando os tecidos do lábio e do palato (céu da boca) não se fundem corretamente durante a gestação. Estima-se que a condição afete cerca de 1 a cada 650 nascidos vivos — um número real, baseado em dados atualizados de instituições especializadas, como o Hospital Sobrapar.

Estas fendas podem impactar profundamente a vida da criança, afetando funções vitais como a alimentação, a fala, a respiração e a audição. O tratamento dessas anomalias craniofaciais é longo, delicado e requer acompanhamento constante por uma equipe especializada.

Por que a classificação é importante?

A classificação das fendas labiopalatinas não é apenas uma questão técnica. Ela define a complexidade do caso, orienta a estratégia terapêutica e influencia diretamente o prognóstico do paciente. Por isso, compreender os diferentes tipos ajuda médicos, famílias e cuidadores a tomarem decisões informadas e realistas.

Tipos de Fendas Labiopalatinas

1. Fenda Labiopalatina Unilateral ou Bilateral

A fenda pode afetar um ou ambos os lados do lábio superior, estendendo-se ou não até o palato. É a forma mais frequente e não pode ser considerada simples — o tratamento exige planejamento cirúrgico cuidadoso, avaliações fonoaudiológicas e acompanhamento ortodôntico.

Como é tratado: Envolve cirurgias reconstrutivas em etapas, com correções no lábio e no palato. O tratamento pode se estender por anos, e a atuação de diferentes especialistas é fundamental para preservar as funções orais e a estética facial.

2. Fenda do Palato Isolada

Aqui, apenas o palato é afetado. Essa fenda, apesar de não alterar o lábio, pode comprometer gravemente a alimentação e a fala e muitas vezes passa despercebida até o início da fala infantil.

Como é tratado: A cirurgia é feita para fechar o palato, geralmente entre 9 e 18 meses. Dependendo da complexidade, pode ser necessário um segundo procedimento e acompanhamento com fonoaudiólogo e ortodontista até a adolescência.

Não é estética — é reconstrutiva

É comum que se confunda a cirurgia de correção de fissuras com uma cirurgia estética, mas é crucial deixar claro que se trata de uma cirurgia reparadora/reconstrutora. Enquanto procedimentos estéticos visam exclusivamente o resultado visual, as cirurgias de fenda têm como objetivo restaurar funções básicas: comer, falar, respirar.

Além disso, a cirurgia reconstrutora não tem um fim absoluto: o acompanhamento vai até a fase adulta, para garantir que, ao final do crescimento facial, não sejam necessárias novas intervenções.

Um tratamento que acompanha o crescimento

O plano de tratamento de um paciente com fenda labiopalatina se estende até a maturidade facial completa, por volta dos 18 anos. Somente nesse momento é possível avaliar de forma definitiva se serão necessárias cirurgias complementares — como o enxerto ósseo alveolar, a correção do septo nasal ou a harmonização da oclusão.

Quando o manejo é inadequado

Infelizmente, ainda há casos em que pacientes são operados sem equipe interdisciplinar ou sem planejamento adequado, comprometendo os resultados. Casos mal conduzidos, como os de adolescentes com cirurgias mal executadas em serviços não especializados, demandam retratamento e expõem os pacientes a sofrimento evitável.

É por isso que o tratamento de fendas labiopalatinas deve ser feito exclusivamente em centros especializados, com acompanhamento multiprofissional e contínuo.

Em resumo

As fendas labiopalatinas exigem abordagem técnica e sensível, ao mesmo tempo. O tratamento é delicado, complexo e requer tempo, dedicação e experiência profissional. As famílias precisam de informação, suporte e acompanhamento adequado para garantir um futuro funcional e saudável às crianças afetadas.